Criada em 1996, a revista República nasceu com um propósito claro: resgatar a essência da política; “já seria o bastante para fazer da revista um contraponto à visão de boa parte da mídia, empenhada em carregar nas tintas que pintam a política como um feudo, uma panela, um conluio, uma chatice. Mas há ainda uma grande diferença de tratamento. Nesta revista, a política institucional, de governo, é abordada de uma forma como ainda não se viu: com leveza, bom humor, com crítica séria que carrega junto a alternativa e conteúdo mais preciso do que se faz supor o tom sisudo de outras publicações”. A República marcou época e atraiu uma turma fenomenal de editores e colaboradores. Imagine uma revista que publicava colunas e textos de Franklin Martins e Paulo Francis, Carlos Heitor Cony e Reinaldo Azevedo. Pense numa publicação que contava com Wagner Carelli, Millor Fernandes, Bruno Tolentino, a magnífica fotografia de Edu Simões e a direção de arte de Noris Lima. Pense numa revista que tinha o privilégio de contar com os ensaios de Otavio Frias Filho, Hugo Estenssoro, Sergio Augusto, entre outros.
A República é também um bom guia para entender o presente. De um lado, é animador ver como o país cresceu e evoluiu. Do outro, é preocupante ver como alguns assuntos da pauta política continuam minando a capacidade de promovermos reformas e de fortalecer as instituições. Resgatar a memória dos nossos desafios políticos, dos erros e acertos do passado, é fundamental para compreendermos o presente e lutarmos por um futuro melhor.